Dentre as inúmeras facetas que se inserem o Profissional de Educação Física, umas delas é no ambiente hospitalar. Infelizmente ainda é uma área pouco difundida no país e o Rio Grande do Norte afirma esse estigma. Aliado a isso, é comum que no próprio universo da Educação Física muitos não conheçam qual o papel, de fato, é exercido nesse ambiente; e quais são esses ambientes? Os centros de saúde pública primária, secundária e terciária – estamos falando das unidades básicas de saúde, núcleos de saúde integrada, hospitais e centros de reabilitação física e cardiopulmonar.
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) passou a integrar os Profissionais de Educação Física aos hospitais e maternidades pertencentes às Universidades Federais, no ano de 2014. Vivendo essa realidade em Natal, encontramos André Osvaldo Brandão Guimarães CREF 000047-G/RN e Sávio Ferreira Camargo CREF 003477-G/RN; ambos com histórias parecidas, entraram por acaso e se apaixonaram por esse ramo.
A visita ao Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), localizado na capital, ocorreu devido uma fiscalização da equipe do Conselho Regional de Educação Física da 16° Região (CREF16/RN), cumprindo o objetivo de visitar todas as áreas nas quais o Profissional de Educação Física exerce suas atividades profissionais.
“A visão da Educação Física ainda é muito limitada a ambientes de academia, ou seja, a predominância da prescrição de treinamentos. Contudo, alguns Profissionais erroneamente acham que irão sofrer preconceito no ambiente hospitalar, mas na verdade é o contrário, fui muito bem recebido pela equipe multidisciplinar”, afirma André, que atende no HUOL e realiza um trabalho não só com os pacientes do hospital, como também com os profissionais que trabalham no local.
Questionado sobre a causa de ser uma área menos reconhecida, Sávio Camargo, que atua na Maternidade Januário Cicco, também em Natal, é categórico. “Falta esse componente nos currículos da graduação. É uma área que além de ser nova, é pequena e pouco representativa. Infelizmente não se dá tanta atenção porque é a realidade de poucos Profissionais, mas com o tempo só irá ampliar e transformar isso numa realidade mais difundida e desejada”, avalia Camargo.
Para o diretor de Orientação e Fiscalização do CREF16, Luiz Marcos Peixoto, é importante ressaltar esse intenso trabalho que o Conselho vem realizando em todos os âmbitos de atuação do Profissional de Educação Física “Muitos desconhecem essa área em que o Profissional de Educação Física atua, estamos sempre buscando visitar todos os ambientes e assegurar à população que estará tudo dentro das regularidades”.